sexta-feira, abril 11, 2008

A Verdadeira Felicidade

No outro dia perguntaram-me se era "verdadeiramente feliz". O que é que se responde a uma pergunta destas? No sentido que lhe dá Epicuro ou no de Platão? Se sou verdadeiramente feliz neste momento ou durante quanto tempo? Quem define felicidade? Como se define felicidade? Já agora, como é que se quantifica? Bem vistas as coisas, quem é que é "verdadeiramente feliz"?

Faço a pergunta, dou a resposta: ninguém.

O Zé da Esquina quer ser o Belmiro de Azevedo, o Belmiro de Azevedo quer ser o Brad Pitt. O Brad Pitt provavelmente gostaria de ser Presidente dos Estados Unidos, e o Presidente dos Estados Unidos quer ser Deus (este que lá está agora não só quer ser como pensa que é). A Maria do cabeleireiro quer ser a Catarina Furtado, a Furtado queria ser a Angelina, a Angelina quer ser a Madre Teresa da actualidade, e a Madre Teresa, essa, a certa altura já só devia querer era papas e descanso.

Como se quantifica a felicidade? E que especificações e pré-requisitos é que devem ser preenchidos para nos considerarmos verdadeiramente felizes? Cada pessoa não terá as suas especificidades no que se refere ao que a faz feliz?

Casa, comida, família, saúde, dinheiro, amor, reconhecimento, paz de espírito, consciência tranquila? É disto que falamos?

Se fosse apenas isso acho que me poderia considerar verdadeiramente feliz, ou pelo menos o mais perto possível que se possa estar. Não julgo, no entanto, que se possa resumir a isto. Parece-me que nenhuma pessoa, - por mais dinheiro, saúde, amor, reconhecimento e consciência tranquila que tenha, - é verdadeiramente feliz. Essa "felicidade suprema", esse expoente, não é alcançável em dias de nossas vidas. É a triste verdade: vivemos, sofremos, caminhamos pela estrada fora pondo um pé à frente do outro e rezando para que os tropeções se limitem ao mínimo possível. Alguns podem contar com uma mão amiga na ocorrência de um deslize de maior magnitude, outros nem por isso. Agora, se há felicidade suprema a ser encontrada no final da estrada, isso já é toda uma outra divagação.

Homem da Faina Out

PS: "Ólhó" Post 300! :)

7 comentários:

taparuere disse...

LOL

1 frase feita de alguma utilidade e razão:
A felicidade é aquilo que só nos apercebemos que tinhamos qdo deixamos de ter.


mas aqui o grande segredo é outra pergunta, quem é q disse q a felicidade era um estado q se atingia e já está? tipo, um lugar onde se chega "ah e tal eu agora sou feliz e fico aqui sentado"... parece q n funciona assim.

entao, como é q funciona? sei la... conta os sorrisos q fazes durante o dia. se fores alegre, haverás de ser feliz n? estipulamos assim: "5 sorrisos por dia e sou feliz". pronto.

(hey, isso foi um primeiro?)

Homem da faina disse...

não, a contar com o que esbocei agora deve ter sido prai o 10º do dia. Mas alegria = felicidade?

taparuere disse...

nop, alegria =/= felicidade mas alegria = manifestaçao de felicidade.

suponho q só podes ser / estar alegre se fores feliz.

Homem da faina disse...

não sei se as coisas são assim tão preto no branco.

taparuere disse...

« Ser feliz é sentir a convicção de estar no caminho certo.»

Jorge Bucay,in «Contos para pensar»

tope disse...

"Faz-me feliz e deixas de ser estagiária" - Tomás Taveira

Homem da faina disse...

"Felicidade é conduzir um descapotável pela Côte D´Azur, sentir o vento a bater na cara e ter uma loira escultural a fazer-nos sexo oral enquanto conduzimos a 250 à hora pelas escarpas". Flavio Briatore, patrão da Renault ING F1