sábado, junho 30, 2007

Bolir é bom e faz bem. Mas dá trabalho

Pois q faz agora 2 semanas q o vosso caro colega tá a trabalhar no Campeonato do Mundo de Vela, baseado na marina de cascais, e ainda faltam 2 semanas pra acabar. O xamado "summer job". Visto q trabalho uma média de 10 horas diárias (e não as 6 q me disseram q ia trabalhar), a minha vida tem sido trabalhar, comer e dormir. N tenho saído à noite nem feito nada de especial, limito-me a "estar cansado".
E q faço eu neste maravilhoso e dispendioso evento, perguntam vocezes?? Mesmo q n perguntem, eu digo: motorista dos velejadores. Benditos os 5 anos q passei na faculdade, q são neste momento menos valiosos do q os 5 meses q passei na escola de condução!! Mas pronto, tenho aproveitado pra desenferrujar o meu inglês e o meu espanhol, visto q os espanhois se recusam a saber falar alguma língua q n a deles.
É tb verdade q ganho mais a trabalhar este mês do ke ganhava a trabalhar mtos meses na agência de publicidade em q estava. mas pronto... n é a cena mais estimulante. "Cada vez mais perto de comprar outra mota", penso eu a todo o momento. Já estive mais longe, é 1 facto...;).
Mas pronto, o meu trabalho é do mais simples possível: levar os velejadores à marina, ao hotel, ao centro de acreditaçao, ao parque dos barcos, à praia, à cona da mãe deles, etc...
Balanço até agora... menos mal.
Ando a fumar mais, pq nas horas mortas n há nada pra fazer. Ker dizer, haver há, dormir. tb já fiz disso. hoje levei um velejador peruano ao hotel onde ele deveria ficar, mas ja n tinham kuarto pro homem. nisto apareceram 3 espanholas q tavam lá hospedadas e disseram q o homem podia ficar no kuarto delas. ao início pensei q fosse gozo mas o gajo acabou por se conseguir colar mm. um dia destes tenho q descobrir se tenho jeito pra vela...
na semana passada uma tiazoca q conduzia a olhar pro lado bateu-me por trás numa das ruas mais movimentadas de cascais. foi surreal. a mulher ligou pra empregada a dizer q bazasse do supermercado e fosse pra casa de taxi. depois ligou pra assistencia da mercedes. depois ligou pra outra tiazoca pra lhe apanhar os filhos nao sei aonde. depois viu q o carro q eu conduzia era veículo oficial do campeonato de vela, alugado à Europcar. Ligou prontamente ao presidente da Europcar Portugal a tratá-lo por tu e a dizer, mto divertida, q tinha batido num carro "dos dele". Depois disse q n valia a pena xamar a policia q já da ultima vez q ela bateu, eles demoraram mto tempo a aparecer. Pouco depois apareceu o primeiro condutor de reboke q alguma vez vi na minha vida, q n tem bigode nem palito na boca, muito menos hálito a alcool e cigarro no canto da boca. Só em cascais. A bófia acabou por aparecer e até eles tinham bom aspecto. de seguida a tiazoca liga pro marido a dizer pra ele a ir buscar, mas pra n trazer o porsche pq akilo "é muito pouco espaçoso por dentro" e assim ela "nao vai à vontade".
Quando acabei de preencher a declaraçao amigável, vi a morada em q a carrinha mercedes da senhora estava registada, e depois de uma curta conversa fikei a saber q a madame era dona de uma empresa q ocupa uma data de andares no mesmo edifício em que eu trabalhei, ao lado das amoreiras. Cascais é, de facto, um mundo à parte (já pra n falar dos ferraris, porsches, lamborghinis, etc.. com q me cruzo na estrada todo o dia).
Qto a gorjas, os amaricanos, canadianos, alguns bifes e alguns franceses são os mais favoráveis. os polacos, dinamarkeses e alemaes n dao nada, os chinenes nem falam, os gregos sao pobres como nós e os coreanos oferecem sumos e colas.
Mas pronto, isto é qdo há trabalho. Há dias mta lentos, em q apanho verdadeiras secas. no espaço de uma semana despachei 2 calhamaços do dan brown, e vou agora pro terceiro. já n lia um livro sem bonekinhos desde q acabei a faculdade.
Pra acabar em beleza, no outro dia encontrei no interior do meu veículo de serviço substâncias "fumáveis". diz q são de kualidade. Deviam ser de algum velejador jamaicano.
Realtivamente ao ppl, é tudo boa onda, especialmente as cento e tal voluntárias estrangeiras q tão a trabalhar no evento, basicamente pra terem umas férias à pala em Portugal. e pronto, é função dos motoristas dos velejadores fazê-las sentirem-se benvindas no nosso país ;).
E pronto boa gente, se kizerem ir a Cascais aka Terra da Boa Vida visitar o tio tó, estejam à vontade, é só aparecerem. Tb há lá festarola todas as noites, se kiserem ir digam.

Epá calem-se pá...

É que já estou farto de vos "ouvir falar"...

Hdf out

terça-feira, junho 26, 2007

O que eu quero...

Dêem-me pão para me alimentar, água para me saciar, um telhado para me abrigar, almas que possa amar, estradas para caminhar, música para escutar, trabalho para me melhorar, e a clareza de espírito para perceber que de nada mais preciso.

Homem da Faina Out

OPA-ME histórias...

Vá, quem é que acredita que a OPA do "Xôr" Comendador pode trazer alguma coisa de proveitosa para o Benfas?

Será que, como alguns dizem, vamos assistir ao nascimento do Chelsea tuga? (se bem que o Chelsea nunca teve o passado glorioso na liga inglesa que o Benfica tem na portuguesa, o que me leva a pensar que quem tem feito essas comparações não está a pensar com o baralho todo)

Será que o Berardo ganhava se o Benfas fosse a votos agora?

E o Rui Costa, "fuck him" e o balneário idoso do benfas?

Eu sinceramente ainda não tenho opinião bem formada, mas se o Berardo trouxesse para o Benfica a veia ganhadora e empreendedora que tem na sua vida (bem como uns quantos milhões ãh? eheheh), não era eu que me queixava certamente. Tudo é melhor do que o affair Vieira e Santinhos lda...

Comentadores de sofá, rédea solta para esses comentários blogueiros.

Saudações benfiquistas, Homem da Faina Out

quinta-feira, junho 21, 2007

Falhar

Falhar é o meu pão.

Falho a cada curva, e às vezes até nas rectas.
Falho de manhã, à tarde e à noitinha.
Falho no dificil, e até no muito fácil.
Eu falho, erro, e errar é humano
mas tanta falha é feito digno de um herói de Eneidas.
Falhar é o meu dia-a-dia.
Falho no trabalho, à namorada, amigos e familia.
Perdoam-me os erros, mas vejo-lhes na cara
uma desilusão que tarde ou nunca se apaga.
E estou tão farto, farto destes meus pés de barro,
mãos de manteiga, cabeça inútil e distraida.
Falho, e mesmo ao falhar não aprendo,
o mesmo erro logo cometo,
assim que do original me esqueço.

Falhar é o meu pão.

Homem da Faina Out

sexta-feira, junho 15, 2007

Receita para um dia de merda

Na tradição desses magníficos blogs de culinária que agora ai andam a pulular na blogosfera, o C&S não podia deixar de ter a sua versão de uma receita que todos nós provamos de vez em quando: o dia de merda.

Ingredientes fundamentais:
- 1 Homem (ou 1 mulher, se preferir uma consistência mais cor-de-rosinha)
- 1 Vida (ou 1 morte, caso queira um dia MESMO de merda)

Ingredientes adicionais para a minha variante da receita (variam muito de receita para receita, é um pouco à la carte):

- um emprego
- uma familia
- 54 kgs de namorada
- média de 4 horas de sono por noite
- umas pitadas de desatenção
- umas pitadas de cansaço extremo
- uma batelada de desilusão
- uma colher de falta de dinheiro
- 70 kgs de doença (pequena gripe)

Modo de confecção (para um dia de merda à Pincel ):

- Coloque o homem numa cama de lençóis previamente preparada, deixe esquentar a noite toda e acorde-o de manhã cedinho. Repare que o tempo máximo é de 4 horas. Mais do que isso e a receita já não fica igual. Espere pelo resmungar para saber que acertou bem no timing.

- Pegue no homem e meta-o dentro do emprego durante 9 horas. Tenha em atenção para ir deitando as pitadas de desatenção e cansaço extremo em doses moderadas e ao longo do tempo de preparação: de outra forma o homem nunca irá ouvir um raspanete da chefe (que será inteiramente merecido caso você acerte na dose de desatenção). É também nesta altura que ele se irá aperceber que está com 70 kgs de gripe em cima. É fundamental que ninguém no emprego se preocupe com essa situação, ou ainda poderão tentar ajudá-lo ou mandá-lo para casa e nós ainda não queremos que isso aconteça nesta fase da preparação. Não se esqueça de deitar a colher de falta de dinheiro para a receita, fazendo com que ele nem sequer possa sair para ir comer um chocolate que seja. É imperial que ele passe todo o tempo no emprego. Quanto muito deixe-o ir a casa comer depois de 5 horas, mas deve voltar a colocá-lo lá dentro quanto antes.

- Agora tire o homem do emprego e ponha-o em casa. Nesta altura não pode faltar a familia. Esse ingrediente tem como função importunar o homem ao máximo com pedidos, criticas e bocas totalmente desnecessárias, levando-o ao estado que nós na culinária chamamos de "todo fodido". Devem também estar-se completamente a cagar para como ele se está a sentir e para o cansaço que tem em cima, e NUNCA mas mesmo NUNCA lhes deve permitir que lhe perguntem como está e se precisa de alguma coisa. Se isso acontecer, já sabe: a receita do dia já não será tão merdosa nem terá aquela consistência que indica que tudo correu "bem".

- É precisamente na altura em que está a ouvir criticas na familia que deve inserir dois ingredientes adicionais: os 54kgs de namorada (que devem ser atirados de repente para a receita) e a batelada de desilusão, proveniente do facto de esta lhe dizer que afinal não vão poder ir passar o fim de semana ao Porto como estava combinado, algo com que ele já andava a sonhar desde o inicio da semana. (nas poucas horas de sono de que dispunha, lembre-se)

Depois de tudo isto dê algum tempinho à receita, deixe-a marinar, ganhar aquele gostinho azedo, e depois sirva-a no blog mais perto de si.

Homem da Faina Out

segunda-feira, junho 11, 2007

Ode a 23 de Janeiro

Se eu soubesse então, como estaria hoje...
Talvez nunca tivesse chorado, e certamente nunca teria gritado.
Nunca me teria chateado por algo mal terminado.

Teria sorrido mais...
Teria sonhado mais...
Teria sabido esperar,
Porque sabia que te iria encontrar.

Se alguém me tivesse contado,
eu não teria acreditado.
Mas sei agora que tudo me trouxe aqui,
tudo me conduziu até ti.

Os berros, as lágrimas, os sorrisos, as dádivas.
Por tudo isto estou grato por não ter sabido.
Pelo caminho, pela viagem, pelo destino.
Agora que aqui estou, sinto-me definido: estou finalmente contigo.

Homem da Faina Out